Multiplicamos o atendimento a crianças e adolescentes em vulnerabilidade. Como? Inspirando pessoas!

Vinícius foi voluntário no CCA1 e hoje dirige a organização Mutirão no Bem

Vinícius Rugai Bresciani tinha 21 anos quando ligou para o Centro para Crianças e Adolescentes (CCA1) e falou com Valquíria da Cruz (na foto junto com ele), gestora desse serviço da Casa da Criança e do Adolescente de Santo Amaro (CCASA) que atende meninos e meninas de 6 a 14 anos no contraturno escolar. Morador da Região Sul, ele queria ser voluntário em algum projeto com crianças. Começou em 2012 dedicando 1,5 hora no CCA1 todas as quartas, era um tempo de recreação.  “Esse desejo tornou-se iminente por conta de eu ter sofrido um grave acidente de carro e ter refletido sobre que legado eu teria deixado se não tivesse sobrevivido”, conta Vinícius.

Já no segundo mês como voluntário no CCA1, Valquíria observou como o rapaz facilmente desenvolvia vínculos com os atendidos. Ela lhe fez a seguinte provocação: “Já considerou trabalhar com crianças e adolescentes? Ser um profissional do terceiro setor?”.  O jovem, que atuava com eventos e cursava Administração de Empresas, paralelamente começou a fazer alguns cursos na área, além de se envolver mais no CCA1: palestrou para as famílias, organizou o estoque, dedicou mais horas com as crianças e os adolescentes. A então presidente da CCASA, Maria Stella Franco, chegou a convidá-lo a integrar a equipe de colaboradores. “À época, não aceitei, tinha a ideia (equivocada) de que atuar no terceiro setor implicava não ter uma remuneração”, explica Vinícius.

Pois bem, após um período trabalhando na sede do Rotary Club, Vinícius assumiu de vez a sua vocação social com foco em crianças e adolescentes. Inspirado pelo modelo de trabalho do CCA1 com o qual teve contato, decidiu montar um projeto para atendimento de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade e risco com foco transformacional, algo contínuo. Seu parceiro e sócio na empreitada foi seu pai. “Fizemos um plano de negócio, pesquisamos junto a órgãos da prefeitura qual região de São Paulo teria maior demanda por esse tipo de serviço.  Em abril de 2016, abrimos em Cidade Dutra, no extremo Sul de São Paulo, as inscrições para o centro de convivência da Mutirão no Bem”, conta ele. “Começamos de forma modesta, eram 16 vagas apenas. Eu e outro colaborador fazíamos tudo, das oficinas socioeducativas à limpeza do local. “Hoje (Vinícius está com 33 anos), atendemos 64 crianças e adolescentes de 6 a 14 anos e 11 meses. Não somos um CCA (equipamento da prefeitura), mas atuamos nos mesmos moldes, oferecendo duas refeições por dia, oficinas socioeducativas, atendimento às famílias etc. para que os atendidos tenham seus direitos garantidos e desenvolvam plenamente suas potencialidades.

Que alegria para nós da CCASA ver que inspiramos pessoas e organizações e, assim, multiplicamos a nossa missão.

Seguimos juntos com uma rede de colaboradores e instituições parceiras (quase filhas, né?) transformando vidas e reescrevendo o futuro não de centenas, de milhares de crianças e adolescentes. É muito com tudo isso, né?

Sucesso, Mutirão no Bem! Sucesso, Vinícius, que você inspire outros!

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