Ela veste a camisa e joga na posição necessária

Beatriz Calazans, membro da diretoria voluntária, é de cinema

Os que chegam para integrar a rede de colaboradores da Casa da Criança e do Adolescente de Santo Amaro (CCASA) em geral percorrem um destes dois caminhos: o da Internet ou o da indicação de um conhecido que atua na organização. Beatriz Calazans é amiga de infância de Anne Christine Bize, filha da saudosa Dona Ieda, que presidiu a instituição de 2014 a 2020.

A veia filantrópica de Bea, como carinhosamente é chamada, pode-se dizer que é genética: sua avó dava aulas de corte e costura no Instituto Blandina Meirelles, instituição que seu tio dirigiu e onde ela também é voluntária nas áreas de desenvolvimento institucional e comunicação. Isso desde antes da virada do milênio! “Não posso entender o meu papel aqui desvinculado da tentativa de minimizar essa lacuna social imensa que existe no Brasil e no mundo de forma geral. Nem que seja para fazer isso por uma pessoa, uma família ou um grupo de pessoas”, afirma ela.

Beatriz aproximou-se da CCASA pelos idos de 2010. Começou ajudando na feijoada anual beneficente. Em 2014, quando Dona Ieda assumiu a presidência, colaborou com as áreas de Comunicação e de Recursos Humanos, em especial com seleção, treinamento e desenvolvimento da equipe. “À época, a organização não tinha alcançado o nível de profissionalização que temos hoje. O primeiro convênio com a Prefeitura de São Paulo para um dos acolhimentos foi firmado em 2013 e só em 2020 os Centros para Crianças e Adolescentes (CCAs 1 e 2) passaram a ter o apoio do município”, conta ela, que acompanhou todo esse processo.

Hoje, Bea integra a diretoria voluntária da CCASA como 2ª Tesoureira, mas já foi Secretária e Vice-Presidente. “Finanças não é a minha área de formação, mas tem sido um aprendizado muito interessante atuar com o Carmine Maglio Neto, o 1º Tesoureiro”.  Pois é, nessas poucas linhas já deu para sacar que ela é, na verdade, uma voluntária de cinema, e isso não só por ponta de a sétima arte ser a sua área de formação. Bea veste a camisa da CCASA e joga na posição que está precisando de gente boa. Ela faz parte dos núcleos de eventos, da Nota Fiscal Paulista, de comunicação e se envolve em qualquer projeto extraordinário que necessite de alguém ponta firmíssima.

Essa voluntária multitarefas que dedica cerca de 8 horas por semana à CCASA, seguindo os passos da mentora Dona Ieda, sonha alto. “Queria que nos envolvêssemos com algum serviço que desse suporte aos jovens que saem dos acolhimentos (por exigência legal) ao completar 18 anos. Gostaria que pudéssemos apoiá-los formalmente até que completassem 22 anos, pelo menos.”

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