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Na maratona da vida

Como a corrida ajuda Rosangela, gestora do Saica 1, a desempenhar melhor seus papéis

A colaboradora Rosangela de Jesus Reis Oliveira, gestora de um dos serviços de acolhimento (Saica1) da Casa da Criança e do Adolescente de Santo Amaro, é praticante de corridas de longa distância. “Tenho cerca de 50 medalhas acumuladas – de 5, 10, 18 quilômetros, meias maratonas e maratonas, cada uma com a sua história”, conta. “E tem mais uma maratona e uma corrida de montanha na agenda deste ano!”, orgulha-se.

A corrida entrou na vida de Rosangela para auxiliá-la no processo de emagrecimento há cerca de 8 anos. Ela está com 50 anos e afirma que correr pelo menos três vezes na semana (com direito a longão de 25 quilômetros às 5h aos sábados na USP), além de adotar uma alimentação saudável e equilibrada, ajuda-a a manter o bom ritmo na maratona da vida e conseguir atender as demandas diversas nos diferentes papeis, profissional e pessoal. “Atuar com crianças e adolescentes em situação vulnerável em serviço de alta complexidade exige muito. A jornada formal é de 40 horas semanais, contudo, enquanto corro, vou, literalmente, oxigenando as ideias e encontrando alternativas para as questões com as quais tenho de lidar no dia a dia, seja dos acolhidos, seja dos colaboradores: são 23 na equipe de um Saica”, explica a gestora, que é assistente social. “Quantas elaborações de feedback ou estratégias para condução de reuniões não tracei enquanto corria?”, diz.

Rosângela está na função de gestão de serviço de acolhimento na CCASA há 9 anos.Sua aproximação com a área de assistência social aconteceu ainda jovem quando teve a oportunidade de trabalhar na área financeira em uma organização social.

Os efeitos de uma vida saudável extrapolam para o cardápio do Saica 1: “Aqui só entra doce no final de semana”, explica Rosangela. Em casa, idem. “Meu marido muitas vezes caminha comigo. Tenho dois filhos, um de 22 e outro de 15, o mais novo às vezes treina comigo.”

“Gosto muito de cuidar, certamente isso está ligado à minha história de vida. Sou filha de mãe solteira, e fui criada por uma tia. Por eu ter tido uma lacuna nesse papel de ser cuidada, sei da importância que esse papel de cuidar tem; isso dá sentido ao que faço”, resume a gestora.